Exposição na Prefeitura abre a Semana da Consciência Negra em Jaraguá do Sul

Trabalhos feitos pelos alunos da Rede Municipal de Ensino, ficarão expostos até o dia 19 de novembro (quarta-feira)

A Prefeitura de Jaraguá do Sul, por meio da Secretaria de Educação (Semed), deu início nesta segunda-feira (17), à exposição alusiva ao Dia da Consciência Negra. Os trabalhos ficarão expostos até quarta-feira (19), na área coberta em frente a Agência da Caixa Econômica Federal, da Prefeitura.
A secretária de Educação, Iraci Müller, reconheceu que ainda existe racismo e discriminação no país, e disse que a escola é um dos lugares mais propícios para se trabalhar a respeito do valor da igualdade humana. “Trabalhamos ao longo ano habilidade voltadas a esta questão. E esperamos que um dia as sementes que estamos plantando, tornem a sociedade um lugar em que todos sejam vistos com senso de igualdade”, enfatizou.

Em seu discurso, o vice-prefeito João Pereira, ao falar sobre discriminação racial e preconceito, disse que o país tem uma dívida histórica com os negros. “É um problema de difícil solução que foi instalado no país a partir da escravatura. E quando se fala em mudança cultural, ela não acontece de uma hora para outra, é um processo demorado. Mas eu acredito que estamos no caminho certo”, ressaltou. “Com educação e empatia nós conseguiremos mudar essa realidade, reduzindo as desigualdades e formando cidadãos mais conscientes.”
A presidente do Conselho Municipal da Promoção da Igualdade Racial (COMPIR), Stela Vivian Martins Dias, disse que é necessário unir forças no combate ao preconceito racial. “E a Secretaria da Educação desempenha um papel fundamental nessa luta. Também precismos construir políticas públicas que atendam a essas necessidades. A união de esforços é o alicerce para os avanços na construção de uma sociedade mais justa e equitativa em Jaraguá do Sul.”
Da mesma forma, o presidente do Movimento de Consciência Negra do Vale do Itapocu (MOCONEVI), Francisco Alves, destacou a necessidade de se acabar com toda forma de preconceito e discriminação. E que os negros precisam de mais visibilidade, representatividade e oportunidades. “Seja no poder público como na iniciativa privada. Quando isso acontecer, entenderemos que a igualdade está chegando a todos e o artigo quinto da Constituição Federal estará sendo respeitado”, disse.